Calor e as patologias pulmonares

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O calor intenso tem um impacto significativo na patologia pulmonar, afetando tanto pessoas com condições preexistentes como indivíduos saudáveis. As altas temperaturas podem exacerbar diversas doenças respiratórias, representando um desafio para pneumologistas e doentes.

Na asma, o calor pode desencadear crises ao causar broncoconstrição e inflamação das vias aéreas. Os doentes com DPOC frequentemente vivenciam agravamento dos sintomas, como falta de ar e tosse, devido à desidratação e ao aumento da viscosidade das secreções brônquicas.

A fibrose pulmonar, uma doença intersticial, pode ser particularmente afetada pelo calor. A respiração mais rápida e superficial, comum em dias quentes, pode aumentar a sensação de falta de ar nestes doentes.

O calor também propicia o aumento de infeções respiratórias. A desidratação prejudica os mecanismos de defesa naturais das vias aéreas, tornando-as mais suscetíveis a agentes patogénicos.

Em casos graves, o stress térmico pode levar à hipertermia, uma condição potencialmente fatal que afeta todo o organismo, incluindo o sistema respiratório.

A poluição atmosférica, frequentemente agravada em períodos quentes, interage negativamente com o calor, potenciando os seus efeitos nocivos sobre o aparelho respiratório.

Para mitigar estes riscos, recomenda-se que os doentes com patologias pulmonares evitem a exposição prolongada ao calor, se mantenham bem hidratados e sigam rigorosamente os planos terapêuticos prescritos. Em casos de agravamento dos sintomas, é fundamental procurar rapidamente assistência médica.

Dr. Gustavo Reis
11 ago 2024